A presença das mulheres no mercado de trabalho é uma grande conquista feminina. Entretanto, após obter o direito de trabalhar, a luta não acabou. As mulheres seguem reivindicando o seu espaço e, por isso, a presença feminina é cada vez maior e mais importante no mercado de trabalho.
Portanto, conheça 4 fatos importantes sobre as trabalhadoras brasileiras e saiba como as mulheres podem conquistar ainda mais cargos de liderança e espaço no mercado. Confira!
A ascensão das mulheres no mercado de trabalho
As mulheres no mercado de trabalho passou a ser uma realidade apenas na metade do século XVIII, na época da Revolução Industrial. Pois, nesse período, a necessidade de mão de obra aumentou muito, sendo necessária então a contratação de mulheres. Desde então, a presença feminina no mercado de trabalho é cada vez mais forte e importante para a economia.
No Brasil, de acordo com os dados do censo demográfico do IBGE, em 1950 apenas 13,6% das mulheres eram economicamente ativas enquanto o mesmo índice era de 80,8% para os homens. Entretanto, 60 anos depois, os dados demográficos de 2010 mostram um grande aumento no número de mulheres no mercado de trabalho, onde as mulheres economicamente ativas passaram de 13,6% para 49,9%.
Esses dados demonstram que o número de trabalhadoras brasileiras mais que triplicou entre 1950 e 2010. Portanto, isso comprova que a presença feminina é cada vez maior no mercado de trabalho.
Dessa forma, é possível comemorar essa conquista e se sentir otimista. Porém, as diferenças entre homens e mulheres no mercado ainda existem e a luta feminina não acabou.
A taxa de desemprego entre as mulheres no Brasil é de 13,1% enquanto a taxa de desemprego entre os homens brasileiros é de 9,2%. Esse dado mostra que ainda há espaço para avanços no mercado de trabalho regional brasileiro referente à igualdade de gêneros.
Por isso, continue a leitura para entender como colaborar com a ascensão das mulheres no mercado de trabalho e conquistar bons salários e oportunidades de emprego.
A qualificação profissional feminina
A qualificação profissional é fundamental para uma carreira de sucesso, tanto para homens quanto para mulheres. Por isso, outra grande conquista feminina foi o direito ao ensino superior.
O ensino superior no Brasil teve início em 1808, porém, uma mulher concluiu um curso de graduação pela primeira vez no país apenas em 1887 (quase um século depois). Esse feito foi realizado por Rita Lobato Velho Lopes, que se tornou médica pela Faculdade de Medicina da Bahia.
Desde então, o número de mulheres qualificadas só aumenta. Isso fica claro quando observamos que Rita Lobato Velho Lopes foi a primeira mulher médica brasileira, em 1887, e, em 2018, as mulheres já representavam 57,4% dos profissionais da área da saúde com até 29 anos — de acordo com os dados da Demografia Médica.
Sendo assim, com um número cada vez maior de mulheres qualificadas em diferentes áreas de atuação do mercado, a presença feminina em cargos de liderança também tem se tornado cada vez maior.
Isso mostra que, a qualificação profissional feminina está diretamente relacionada à ascensão das trabalhadoras brasileiras no mercado de trabalho e com o acesso à melhores oportunidades de emprego.
A diferença salarial entre homens e mulheres
Infelizmente, de acordo com o IBGE, as mulheres ainda ganham 20,5% menos do que os homens. Porém, é possível vislumbrar um futuro otimista, uma vez que a diferença salarial entre homens e mulheres vem caindo nos últimos anos.
Os dados positivos que demonstram uma diminuição na diferença entre os salários de homens e mulheres é resultado da luta constante feminina. Para isso, as mulheres estão se qualificando cada vez mais e buscando destaque profissional em suas áreas de atuação.
Dessa forma, ainda segundo o IBGE, 23,5% das mulheres com 25 anos ou mais possuem ensino superior, enquanto esse mesmo índice é de 20,7% para os homens. Ou seja, existem mais mulheres qualificadas do que homens qualificados.
A representatividade feminina na liderança
É comum do ser humano admirar e se inspirar em pessoas que realizaram grandes feitos e que geram identificação. Por isso, a falta de lideranças femininas pode ser desestimulante para outras mulheres.
A boa notícia é que, de acordo com o estudo Women in Business 2020, a participação de mulheres em cargos de liderança vem crescendo no Brasil. Atualmente, as mulheres ocupam 34% dos cargos de liderança sênior (diretoria executiva) nas empresas brasileiras, representando um aumento de 9% em relação a 2019.
Sendo assim, o Brasil está na 8ª colocação em um ranking composto por 32 países e supera a média mundial de 29%.
Esse aumento de lideranças femininas é muito positivo e causa maior representatividade para as mulheres que também almejam alcançar essa posição no mercado de trabalho regional e até mesmo global.
Portanto, a busca feminina pela qualificação profissional por meio do ensino superior e pós-graduação é, além de uma conquista individual, uma conquista coletiva. Afinal, alcançar cargos de liderança no mercado de trabalho é inspirador para outras mulheres e representa uma mudança social positiva.
Logo, esses 4 fatos sobre as mulheres no mercado de trabalho demonstram as lutas e as conquistas femininas, além de evidenciar a importância do ensino superior para a inserção no mercado e maiores oportunidades de ascensão profissional.